Consumo Infantil
Os pais são os responsáveis e decisores finais. Porém, podemos negar que os pais lutam contra uma das mais poderosas indústrias que investe bilhões de dólares para tornar seus produtos atraentes? Com toda certeza, não. Inclusive, progenitores de pequenos consumidores já foram categorizados e devidamente divididos entre: indulgentes, companheiros, conflitantes e necessidades básicas.
 
Aqueles caracterizados como conflitantes são os mais propensos a cederem aos apelos dos filhos, geralmente são sozinhos ou divorciados e a culpa é a principal motivação. Infelizmente o marketing antiético sabe e usa isso.
 
O que os pais podem fazer? Não podemos afirmar com precisão o que pode funcionar ou não, mas podemos listar algumas experiências bem-sucedidas. Entretanto, os pais conhecem seus filhos e poderão encontrar formas de evitar que as crianças sejam manipuladas e se tornem simples números estatísticos, em um gráfico de pizza da categoria “consumidor infantil”. Todo o movimento de defesa aos filhos é válido e, quando realizado com apoio da coletividade, se torna mais fácil e eficaz, portanto, seguem alguns caminhos:
- Dar o velho e bom exemplo: se o padrão de consumo dos pais for descontrolado, nada do que disserem terá efeito. Mostrar que a gratificação ou a felicidade não está na compra consiste no primeiro e mais importante passo.
- Refletir junto com a criança sobre a motivação real diante da vontade de comprar algo, ou seja, analisar com mais profundidade o significado ligado ao tênis, ao celular, etc...
- Evitar a exposição demasiada da publicidade. Em média, uma criança assiste 40 mil comerciais por ano, somente na televisão. Conversar sobre o marketing ético e antiético.
- Incentivar atividades ligadas à natureza, às ações sociais, ao desenvolvimento da espiritualidade.
- Preparar a criança antes de ir ao supermercado, negociar o que pode e o que não pode comprar.
- Conversar com amigos, com os grupos aos quais participa sobre a comercialização na vida das crianças.
- Incentivar a escola a adotar programas sobre a educação para o consumo.
- Auxiliar estudos, pesquisas, fundações que tenham a preocupação em combater o consumismo infantil.